sábado, 11 de setembro de 2010

NEW DAY :O

Já eram 6:15 quando eu acordei com o barulho do meu despertador.
- Arght. - Eu gemi, não queria ir para o colégio, não queria ter que encarar 5 horas dentro de uma sala de aula.
Bem, meu despertador toca ás 6 horas, mas eram 6:15, ah, 6:16. E meu despertador ainda estava tocando, fazendo aquele barulho ensurdecedor, que não me deixava escutar meus próprios pensamentos. Como se eu quisesse escutar meus próprios pensamentos.
- Há. - Eu ri sozinha, quase sem querer, quase. Estava tentando tornar minha quase-obsessão pelo Matt uma coisa boa, mas não é uma coisa boa, Amy e Lia sabem que não é.
- Já tomou banho? Já arrumou sua bolsa? Você vai se atrasar, e eu vou dizer... - Fechei a porta, sim, na cara da minha mãe, não devia ser tão mal educada, mas precisei.Ela gritava na cozinha, eu não queria escutar ninguém me apressando para fazer nada, muito menos pra ir pra escola.
Eu levantei, ainda com o meu despertador tocando, virei o colchão e achei meu celular, tocando feito um bebê idiota que não consegue parar de chorar. Peguei ele, e tirei a bateria.
- Aah. - Suspirei. Eu tinha que acabar com aquele barulho o mais rápido possível. E tirar a bateria foi rápido, e possível.
Peguei minha mala, virei ela de ponta cabeça e peguei os livros que precisava pegar, joguei todos na mala e fechei ela e ... joguei no chão, de novo, eu gosto dela ali, no chão, como se nunca tivesse que ser usada.
Arrumei os livros que estavam no chão, os quais eu não teria que usar naquele dia e fui tomar banho.
- Pronto mãe, pra que tanto drama? - Falei pra minha mãe que estava resmungando para o meu hamster que eu demorava e que eu iria me atrasar.
- PRONTO MÃE PRA QUE TANTO DRAMA? DRAMA? Só estava dando atenção pro seu pobre rato que não é amado. - Minha mãe disse indignada pelo meu mal uso das palavras.
- Hamster, não rato, mãe. Respeito com o meu bebê. - Eu disse, abrindo a porta e acenando.
- Tchau filha. - Minha mãe disse, como se estivesse dando adeus para um soldado indo pra guerra.
- Tchau mãe. - Eu disse jogando o Toddynho que eu tomava no lixo.
MEU DEUS! Era o Matt, do outro lado da rua. Ele tem fingido que eu não existo desde a volta as aulas que bem, fazem duas semanas. Ele já ficou comigo uma vez, mas agora, eu sou a menina que senta atrás dele, nada mais.
- Oh, Beckie. Oi. - Matt disse surpreso por eu ter ultrapassado ele sem olhar pra trás. E, posso afirmar que  foi difícil fazer isso.
- Ah,Oi Matt. - Eu tentei não ser simpática.
- Então, novidades? Há. Estou sem assunto. Cara,
não se falamos a 2 semanas! - O que ele quer que eu fale? Que sim, nós não falamos a duas semanas, e que ele tem me tratado como uma prostituta? Porque desde que ficou comigo ele só disse oi e tchau? É, eu vou ser bem mal educada pra ele aprender.
- É, duas semanas. - Ah, mal educada? Eu tentei, mas, é impossível sem mal educada quando se trata do Matt.
-
Desculpa, Beckie. - Ah, ele fumou alguma droga e quer que eu leve ele em uma clinica. Não é possível!
-Ah, tá desculpado pô, mas pelo que? - Tentei fingir que não sabia que ele me tratará como lixo.
- Por tudo talvez? Por eu ter te deixado de lado desde o dia em que ficamos, por tudo que eu fiz, e que não vou fazer. Eu não queria falar com você, eu tenho vergonha de admitir que eu gosto de você, e que eu não quero que você me odeie pelo resto da sua vida. - MEU DEUS, EU AMO ELE. SEMPRE AMEI, MAS AGORA AMO MAIS. Ah, que tolo, ele acha que é possível odiar ele. Há.
- É impossível te odiar, e isso não é legal. Odeio ter que dizer isso mas, é impossível odiar que você ama. Eu aprendi isso amando você. - Eu disse, tentando ser fofa mas grossa. Resultado? Falhou.
- Eu
aprendi que é impossível não te amar, amando você, Beckie.
- É? Então, porque me deixou de lado por 2 semanas? - Eu disse, lutando contra a minha vontade de agarra-lo ali mesmo e falar pra ele que eu amo ele, muito. 
- Eu já disse. Mas repito, tenho vergonha de admitir que gosto de você. - Ele disse. Mas, doeu quando ele falou isso, doeu muito.
- Au? Isso foi grosseiro, de sua parte, não acha? - Eu disse, sutil.
- É, foi. Mas, é porque se eu admitir o que eu sinto, eu vou sofrer. - Ah tá, e eu não sofro? Há. 
- Ah, então... Eu sofro e você não?
Esse é o nosso trato? Eu não gostei. - Eu disse, sendo sarcástica, só para que tudo corresse melhor do que estava correndo.
- Ou, me diga uma coisa... O que você sente por mim? - OQUE EU SINTO POR VOCÊ? Há, tudo que alguém pode sentir por outra pessoa, amor, ódio. TUDO.
-
Eu? Amo você. - Fui sincera. E pude sentir água saindo do meu olho, água, não lágrima. É estranho admitir que eu amo ele.
- E eu amo você. - Ah, que ótimo. Então fala isso pra parede, porque era com quem eu tava falando todo esse tempo.
- Hum, legal. Se amamos.Vamos se ninjas felizes se amando.Podemos usar o mesmo uniforme que o ninja que rasgou meu coração usou.  - Eu olhei pra ele, e disse, achando que ele ia sair andando, ou apenas falar que deixou de me amar.
- Ok, podemos ser ninjas. Tudo que você quiser, só preciso de você comigo. Mas eu ainda tenho uma idéia melhor. - PARA DE MATAR, SEU DROGADO, VAMOS JÁ PARA CLINICA! Ok, agora, falando sério, sério mesmo. Meu Deus.
Eu olhei pra ele, não falei nada, não havia nada pra falar, não naquele momento.
- Então, podemos voltar. - Voltar? Tradução, por favor. Em português, de preferência.
- Ah? - Eu disse, perdida no nosso dialogo.
- Podemos voltar, podemos ficar de novo. Eu te amo, você me ama, se amamos. - Ele disse, sorrindo, e me dando a mão. Claro, vamos se casar e ter dois filhos. Joe e Moe.
- Ok. Podemos. - Eu disse, largando a idéia do casamento ''há''.




(esperem mais. Boa Noite)

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