domingo, 12 de setembro de 2010


Outro dia na escola, e eu acho que hoje o Matt não vem falar comigo.
- Beckie, você não entendeu NADA. - Ele disse, e eu não esperava isso.
- Não? Me explica então. - Eu disse.
- Eu vou te explicar, mas na rua. - Ele disse, olhando para mim.
- Ok, na rua. Depois da aula - Eu disse, olhando pra grama debaixo dos meus pés.
Ele me deu a mão.
- Depois da aula, você vai me explicar tudo, enquanto eu não entendo eu prefiro pensar, sozinha. - Eu disse, enquanto soltava a minha mão da mão dele.
- Ok, desculpa Beckie. - Ele disse, indo para sala.
Eu fui pra sala, fiz as lições, estranhamente prestei atenção na aula. Quando o sinal da última aula tocou, eu levantei o mais rápido que pude e  joguei tudo dentro da minha mala.
- Vamos? - Eu disse, queria saber a verdade. E já estava me preparando pra isso.
- Claro. Mas me diga... - Ele disse, e eu o interrompi.
- Rua. Só na rua. - Eu disse, pode parecer brincadeira mas eu estava falando sério. O que eu mais queria era ficar calada e só ouvir ele me falar. Me falar a verdade.
Ao chegarmos na esquina da escola ele começou a falar.
- Vai chover. - Ele disse.
- Eu sei. - Eu disse.
- Então, vou te falar a verdade.- Ele disse, ele disse que ia me falar a verdade.
- Fale. - Eu disse, esperando que ele falasse que já ficou com ela, ou coisa parecida. Mas o que eu ouvi foi bem diferente disso.
- Ela é minha prima. Prima de primeiro grau. Só que um ano mais nova. Minha mãe disse que eu tenho que ser legal com ela, porque minha mãe e a mãe da minha prima, Fernanda estão brigadas faz muito tempo, e ela não quer que isso aconteça conosco. - Ele disse, olhando pra baixo. 
- Ah, desculpa por desconfiar de você, é que depois do que aconteceu nas férias, eu tenho medo de sofrer por você. Como eu sou estúpida, desculpa. - Disse, decepcionada comigo mesma.
- Tudo bem, te amo Beckie. - Ele disse, dessa vez olhando nos meus olhos.
- Obrigada por me desculpar, também te amo. - Eu disse, pegando na mão dele.
- Vamos tomar um sorvete? - Ele disse, rindo.
- Claro, sorvete é a base da felicidade. - Eu respondi rindo.
- Não, a base da felicidade é você. - Ele disse.
E então eu beijei ele.


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